Aquele homem que ali vai, subindo e subindo
É humilde, é brasileiro, é trabalhador, é sonhador,
Acorda de madrugada em busca do pão de cada dia,
Beija mulher e filhos na esperança de vê-los outra vez.
Estes versos são brancos, como a paisagem que o obreiro vê.
Lá de cima, olhando em frente, vê-se apenas fumaça da cidade,
Mas este obreiro enxerga sonho, futuro, sua visão vai além, tem fé!
Um dia vou construir o que será meu, agora ele sorri, terminara a oração.
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ordem e progresso |n
b |d
r |a
e |i
i |m
r |e
utopia- alucinação |s
Colunas, cimento, cal, carma de todo dia, sol a pino, hora da marmita:
Feijão, arroz, farofa quando há, a água é um milagre, sim, obrigado!
O calor judia e o suor escorre, o sonho sua, seco e salgado, solar!
Vida insalubre, o segundo é valioso, a respiração também, mas
O ar já falta, pois a idade lhe sobra, o andaime, fixo, dança,
Eis a tragédia inevitável, seu corpo é folha seca outonal...
Pobre homem, homem pobre, amanhã não terá o pão,
Comera derradeiramente o que o diabo amassou.
Marco Hruschka
Olá, Carlinhos!
ResponderExcluirObrigado pela participação no projeto "Um poema em cada árvore" e pela divulgação do meu poema. Uma pena que, por ser um poema concreto, ele acabou ficando desconfigurado aqui. Quem quiser acessar com a configuração adequada, pode entrar no meu blog: http://www.letralirica.blogspot.com.br/2013/09/marmitas-e-andaimes.html
Parabéns pelo trabalho, amigo!
Abraços